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5 dicas de gestão para quem deseja empreender

Vem do explosivo mercado de startups algumas das dicas de gestão mais preciosas para quem deseja se tornar empreendedor – seja por meio de franquias ou não.

1. Valide seus próximos passos antes de leva-los ao mercado

Um dos conceitos mais defendidos no meio é a “validação”, basicamente testar uma ideia, modelo de negócio ou premissa, antes de tirá-la do papel. Engana-se, porém, quem acredita que a validação serve somente para empresas em fase pré-operacional. Negócios rodando a todo vapor, incluindo franquias, podem valer-se desta metodologia para melhorar seus produtos, serviços e até mesmo fluxos de trabalho.

No começo do ano, trabalhei em um projeto que tinha como propósito tornar mais ágil a comunicação entre o estoque e o showroom de uma grande rede de varejo de calçados e artigos esportivos por meio de aplicativos para smartphones. Um dos primeiros passos foi a criação de um protótipo, que nada mais era do uma sequência de telas linkadas entre si de forma a simular o seu funcionamento. Ele foi submetido à avaliação de estoquistas e vendedores e, com base nos resultados, foi desenvolvida a solução final.

O protótipo era o que chamamos de um MVP (Mínimo Produto Viável, em português), a versão mais simples que se pode fazer de um produto ou serviço para validá-lo, gastando o mínimo possível em termos de tempo e dinheiro. Há outras formas de se “construir” e testar um MVP. Uma franquia de sorveteria, por exemplo, pode elaborar um novo sabor e submetê-lo a um determinado número de clientes. Caso ele seja “validado”, pode ser sugerido ao franqueador (mas convém informá-lo previamente da iniciativa). Em outros casos, um simples questionário vale, mas em se tratando de modelos de negócio, não se esqueça de uma perguntinha mágica: “você pagaria por isso?” ou “o quanto você pagaria por isso?”. Afinal, tem gente que acha as ideias maravilhosas, mas não gastaria um centavo por elas.

2. Volte aos estudos

Você não precisa ser formado em Administração de Empresas para administrar uma, mas um pouco de conhecimento é fundamental. Por exemplo, em relação a finanças e dependendo do tipo negócio, é necessário entender os conceitos de fluxo de caixa, projeções financeiras e demonstrativo de resultado do exercício (DRE). Vale, ainda, correr atrás de informações sobre formalização de empresas, marketing e gestão de pessoas. Recentemente, a USP e a Veduca colocaram na Internet um curso gratuito de fundamentos de administração.

3. Faça uso da Internet

Você possivelmente conhece a frase “se eu tivesse um único dólar, investiria em propaganda”, proferida por Henry Ford. Pois pode ser que você não precise nem mesmo de um dólar para divulgar seu produto ou serviço. Crie um site que permita manter um ótimo relacionamento com seus clientes e faça uso das redes sociais – há empresas vendendo produtos no Instagram e no Facebook. Entenda o conceito de “geração de lead”, que nada mais do incentivar o cadastramento de usuários para posterior conversão em clientes (por favor, não confunda com compra de lista de e-mails para envio de spam).

4. Descubra “como” são os seus clientes

Aquele tempo em que você tinha apenas informações básicas sobre o seu público-alvo já passou. Existem tecnologias e metodologias que permitem mapear, de forma muito mais precisa, não apenas quem são os seus clientes, mas como eles são, quais são seus comportamentos e hábitos. Por exemplo, há uma técnica chamada “mapa da jornada de consumo” que permite analisar os passos do cliente pelo processo de aquisição de um determinado produto ou serviço, identificando gatilhos (ou gargalos) que podem levá-lo à desistência.

5. Modernize a gestão de pessoas

Você já ouviu falar na Zappos? Trata-se de uma loja online de calçados que chama a atenção pela extrema valorização tanto de clientes como de funcionários – a ponto de ser comprada pela Amazon. A empresa coloca em prática diversas iniciativas para manter seus colaboradores motivados e engajados com a cultura organizacional, incluindo bônus mensais que os próprios colaboradores podem dar para os colegas que forem considerados merecedores.

O próximo passo da Zappos é abandonar o sistema de gestão baseado em hierarquias. É isso mesmo que você está lendo, acabar com cargos de chefia em prol de um modelo relacionado com as funções. Bom, acredito que ainda estamos longe de podermos adotar um sistema como a “holocracia” (é assim como o CEO da Zappos, Tony Hsieh, a chama), mas começar com uma iniciativa como o bônus entre colegas? Por que não?

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