Varejistas reclamam que os altos custos de ocupação e a inflexibilidade de Shopping Centers, muitas vezes inviabilizam a abertura de novas unidades. Para os mais de 570 Shoppings tradicionais do Brasil (segundo a Alshop), a negociação deve se manter dura, já que em muitos casos há filas de operadores esperando um espaço para ser ocupado, pagando o valor proposto pelos incorporadores. Os indicadores mostram que o mercado imobiliário se manterá aquecido, no que se refere à locação de pontos comerciais.
Nesse caso, restam algumas alternativas para os varejistas, como:
– Redesenho dos formatos de loja: nem sempre uma loja menor significa venda menor. Algumas redes tem procurado otimizar seus projetos e reduzir o mix de produtos para que suas operações caibam em pontos comerciais menores, viabilizando a presença em locais em que a relação entre venda e custo de ocupação é desfavorável.
– Rua ao invés de Shopping: outra alternativa para algumas regiões específicas é a instalação de unidades em rua comerciais. Essa alternativa não cabe a todos os modelos de negócio, principalmente no caso daqueles que possuem característica forte de conveniência. Nas operações vistas como destino (quando o consumidor sai da sua casa para ir somente àquela loja) essa pode ser uma alternativa interessante.
– Centros de Serviço e Conveniências: Um meio termo entre o Shopping Center e a rua são os pequenos centros de conveniência, que oferecem geralmente espaço de estacionamento compartilhado e abrigam um número pequeno de locadores. Esses centros tem crescido, sobretudo pela dificuldade de deslocamento nas grandes cidades brasileiras, que impulsionam o consumidor a comprar cada vez mais próximo da sua casa e trabalho.
– Compartilhamento de espaço físico: Operações tanto de grane formato, quando de tamanhos mais reduzidos já estão percebendo que dividir um mesmo espaço físico ( ou uma grande área, como o caso de supermercados e home centers) pode trazer inúmeros benefícios, como redução de custo de ocupação, rateio das despesas de manutenção e aproveitamento do fluxo compartilhado.
– Associação entre varejistas: ainda pouco presente no Brasil, a associação entre diversos varejistas com visibilidade de marca pode conceder a grupos organizados uma maior força de negociação junto a Shopping Centers, tanto pelo busca de melhores espaços, quanto de melhores preços. Infelizmente a gestão na maioria das redes é muito individualizada, o que dificulta esse tipo de associativismo.
O fato é que o mercado de varejo e franquias continua crescendo, principalmente no número de unidades instaladas e a questão dos pontos comerciais torna-se cada vez mais estratégica. Aqueles que conseguirem uma saída inteligente para esse problema, terão em mãos um grande diferencial competitivo.
E você? Conhece alguma história relacionada a dificuldade em encontrar bons pontos comerciais a preços aceitáveis? Compartilhe conosco. Comente!