Este é um desafio por alguns aspectos, que certamente não se limitam aos que menciono aqui, tais como a rotatividade de mão de obra no varejo; a ausência de habilidade do franqueado em realizar capacitação (o que não é demérito, afinal, nem todos são dotados em excelência de todas as habilidades necessárias a ser empreendedor / gestor); a ausência de cultura de educação continuada para o trabalho e consequentemente não percepção deste aperfeiçoamento contínuo como oportunidade de construir carreira no varejo.
O crescimento de redes franqueadoras e unidades franqueadas no Brasil, tem sido algo que chama atenção para análise de diversos setores da economia e meios de comunicação, o que faz que tenhamos atualmente cada vez mais procura de profissionais para estas unidades franqueadas e com o desafio de buscar uniformidade e padrões de serviço em um país “com vários países dentro de si” e extensão continental! Prover treinamento presencial para unidades que estão centralizadas e em início de expansão, é algo viável e necessário, inclusive para construção de modelos de operação e cultura empresarial, no entanto, quando estas unidades estão espalhadas no Brasil, este desafio torna-se maior.
Soluções que surgem neste contexto são o e-learning e o ensino à distância. Antes que pense que houve redundância em mencionar juntos, e-learning e ensino à distância, esclareço que não são a mesma coisa. O E-learning é uma plataforma educacional completamente suportada por tecnologia da informação, enquanto o EAD (ensino à distância), que também pode ter em seu pacote o E-learning, possui integração com tutores e professores, como por exemplo em vídeo conferências.
O mercado de educação corporativa é imenso no Brasil e sua utilização em capacitação de redes, é algo que tem muita oportunidade de crescimento. Franqueadores e franqueados, podem analisar esta ferramenta como alternativa de trabalho, que traz benefícios que vão além da transmissão de informações e formação de profissionais, mas também um elemento no conjunto de ações para retenção de profissionais.
Um questionamento que surge com frequência, é quando o profissional fará o curso, afinal, tratando-se de algo que pode ser realizado em qualquer horário, é tentador que o dono da unidade franqueada oriente seu colaborador a realizar o curso em casa, fora do horário de expediente. A sugestão que deixo aqui é que esta capacitação seja realizada dentro do horário de atuação do colaborador, pois isto além de valorizar o profissional, permite o acompanhamento e gestão do trabalho que está sendo realizado. Outro aspecto é a possibilidade de gerar um passivo trabalhista quando o curso é realizado fora do horário de trabalho e o colaborador tem o entendimento de ser esta uma atividade profissional, pois está se colocando à disposição do empregador e cumprindo orientações do empregador.
E se neste momento seu pensamento está em capacitar ou não capacitar colaboradores em função da possibilidade de após capacitados irem para outras colocações, trago aqui uma citação muito interessante a respeito:
[Tweet “”Se você acha treinamento caro, considere o preço da ignorância.” – Ray Kroc”]
Esta citação por Ray Kroc, responsável por fazer a rede McDonald’s ter se desenvolvido como negócio em rede.
Analise, informe-se, faça bons negócios e, não esqueça de comentar o que achou do artigo!