Como verificar a viabilidade financeira de uma franquia

No artigo anterior falamos do modelo financeiro e da importância do candidato a franqueado se envolver com este modelo. Deixamos claro que desde o início, o candidato a franqueado, que normalmente já trabalha com um orçamento bem definido para o seu projeto, precisa e deve elaborar um modelo financeiro. Mas como fazer isto? A princípio, se não tiver domínio em planilhas financeiras, o melhor mesmo é aprender, pois vai precisar para bem gerenciar o negócio, contudo, no início vale contratar um bom especialista.

Planilhas para avaliar a viabilidade financeira do negócio

O modelo financeiro de uma franquia é composto por um conjunto de planilhas, dentre elas, a planilha de investimento Inicial. Para facilitar o entendimento, essa planilha pode ser dividida em três partes. Na primeira parte devem ser lançados todos os itens ligados à montagem do negócio e os custos de aquisição dos mesmos. Na segunda parte é preciso reunir todos os investimentos pré-operacionais, tais como: taxa de franquia, custos de reforma do ponto, projeto arquitetônico, custos de abertura da empresa, estoque inicial, capital de giro, etc. E, por fim, devem ser relacionados os investimentos em marketing. É importante prever todos os valores necessários para o lançamento da franquia na localidade, pois a comunicação com o mercado no momento de chegada é fundamental.

A segunda planilha de modelo financeiro deve projetar as receitas previstas para a unidade franqueada, de acordo com o porte. Para isso, é importante levantar um pouco da história da unidade modelo da franquia, e identificar a evolução do faturamento, considerando as dificuldades de início de operação, e a adequação da projeção financeira ao momento econômico atual.

Na terceira planilha de modelo financeiro são lançadas as previsões de custos e despesas mensais com o negócio. Os custos devem ser divididos em fixos e variáveis; os custos fixos estão relacionados à estrutura montada, e ocorrerão independente do faturamento, são eles: aluguel, condomínio, energia elétrica, telefone, entre outros. Os custos variáveis incluem reposição da mercadoria vendida, ou seja, do estoque, taxas de royalties e publicidade – quando aplicadas sobre o faturamento. As despesas são os gastos diretos e indiretos que toda empresa tem na obtenção da receita. As despesas fixas também independem do faturamento, são elas: serviços de terceiros tais como: contabilidade e limpeza, salários administrativos, etc.; as despesas variáveis, naturalmente variam conforme o faturamento: fretes, comissões pagas aos vendedores, impostos, e outras de acordo com o segmento de negócio. No final, totalize todos os custos e despesas.

A quarta planilha de modelo financeiro é a do fluxo de caixa projetado. Esta planilha apresenta as receitas projetadas mês a mês. No início, as receitas tendem a ser menores e crescem gradualmente, portanto, tome muito cuidado com a taxa de crescimento mensal, pois há de se considerar itens como impactos da sazonalidade e as datas comemorativas.  Cuide de fazer os ajustes necessários para que a receita se aproxime ao máximo da realidade.

De uma maneira geral, para efeito de análise, o modelo financeiro apresenta uma visão das possíveis receitas, custos, despesas e resultados em valores médios, além do prazo previsto para retorno do investimento. Para isso, é preciso muita atenção com o valor total do investimento, imobilizando o mínimo possível, só o essencialmente necessário. É fundamental elaborar a análise de forma detalhada, e, sobretudo, avaliar o ponto, público alvo e características da concorrência para se ter uma projeção mais próxima do resultado e da viabilidade financeira do negócio.

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