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Conselho de franqueados: o que é e como formar o seu

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Por  Carlos Ruben Pinto  |  Diretor Executivo na MDS Franchising Publicado em 13 de fevereiro de 2014 | Atualizado em 02 de setembro de 2019

conselho-de-franqueadosO Conselho de franqueados é uma  associação constituída pelos franqueados de uma determinada rede de franquia, com a participação do franqueador. Um dos objetivos do Conselho é representar os franqueados, buscando uma permanente melhoria no relacionamento interno da rede e soluções de problemas que visam o benefício de todos: franqueados e franqueador.

Desta forma, para cumprir sua verdadeira missão o Conselho deve aproximar as partes, promover um relacionamento mais direto, consolidar a verdadeira parceria. Suas decisões devem ser hábeis e permitir que os dois lados sejam beneficiados, principalmente porque as partes têm interesses comuns: que é a lucratividade em seus negócios. São pessoas que reunidas determinam os acontecimentos, estabelecem metas e conquistam valores para sua rede.

O conselho da franquia normalmente é de criação do franqueador, porém a iniciativa pode partir também dos franqueados. É eleito pelo franqueador e pelos franqueados, e suas regras de funcionamento são definidas em conjunto.

Cabe ao franqueador estabelecer os critérios de eleição dos franqueados que irão participar do Conselho, e ainda definir a duração de cada mandato e a periodicidade e local das reuniões.

A formação de seu conselho de franqueados

Em primeiro lugar, lembro que o Conselho não deve ser formado com objetivo único de resolver problemas que estejam surgindo em um determinado momento, mas unido em torno de um objetivo maior: unidade e sucesso da rede.  É muito importante que o franqueador seja o primeiro responsável pela criação do Conselho, caso contrário, se ele vem como proposta dos franqueados, corre o risco de trazer em seu bojo pessoas desmotivadas, com algumas frustrações quanto ao funcionamento de sua unidade, prontas para fazer dele o órgão oficial e centralizador de suas reclamações e reivindicações.

E este definitivamente não é o propósito do conselho de franqueados. Tem lugar nele as pessoas pró-ativas, dispostas a ouvir e construir soluções. Sua criação e implementação deve ser precedida de um bom planejamento; estatuto bem elaborado e definições das matérias que deverão ou poderão estar periodicamente submetidas ao grupo. Não há o que temer em termos de ações do Conselho, sua atuação é puramente consultiva, o grupo não reúne para deliberar, aprovar ou não, as ações do franqueador, mas para buscar uma maior união e troca de experiências, visando continuidade e melhoria da rede.

É na convenção dos franqueados que o franqueador define os principais critérios de eleição para o Conselho, e os mais comuns são: número de representantes por região ou estado; uma ou duas das cadeiras do Conselho devem ser ocupadas pelo franqueador; composição por número ímpar de pessoas; e a eleição dos membros se faz através de votação secreta. Para fazer parte do Conselho o franqueado deve preencher alguns pré-requisitos que são: não estar com débitos em atraso com o franqueador ou em ação judicial; ter uma unidade bem sucedida e com um tempo mínimo de funcionamento; ter afinidade com os principais temas que serão avaliados,  disponibilidade e dedicação integral ao negócio.

As maiores vantagens de Conselho são: permitir a seus membros contribuir com  sugestões de adaptações da franquia , de acordo com as características regionais, sem ferir a filosofia do negócio; permitir ao franqueador tomar importantes decisões para a rede, ouvindo sempre um grupo representativo de franqueados; e conseqüentemente, por ter esse grupo reunido  periodicamente sempre em busca de novas propostas e soluções para o desenvolvimento da rede, acaba por transmitir maior confiança aos candidatos a franqueados.

Seus principais objetivos são: Representar os franqueados junto ao franqueador; tornar a gestão da rede participativa; levantar e diagnosticar aspectos de interesses comuns, buscando soluções de melhoria e desenvolvimento da rede, numa ação conjunta; tornar o franqueador mais próximo dos franqueados, informando-o sobre o que ocorre no dia-a-dia das lojas, e dividir com ele a responsabilidade de administração da rede; tornar-se mais um canal de comunicação, através do qual idéias, sugestões, problemas e reclamações possam ser discutidos, e que as decisões reflitam o pensamento da rede; analisar assuntos de vital importância para os negócios da rede. Exemplo: abastecimento, campanhas publicitárias, política de formação de preços, melhor  posicionamento da rede no mercado, competitividade, lucratividade, e etc; e aproveitar a sinergia gerada pelos franqueados e agrupar as sugestões e opiniões sobre vários aspectos da franquia.

Participei durante 2 anos como membro do Conselho de uma conceituada rede de vidraçarias e pude constatar, na prática, a importância das contribuições do Conselho para a evolução da rede. Dentre vários exemplos que poderia citar, destaco o Conselho de uma famosa rede de panificação de Belo Horizonte. Fazem parte do Conselho desta rede 5 franqueados eleitos anualmente por ocasião da convenção. Cada membro deste Conselho representa uma região do país e reúnem-se trimestralmente com o objetivo de contribuir para o franchising da rede.

E você, desenvolve, participa ou conhece algum conselho de franqueados? Comente e compartilhe esta experiência conosco!

Carlos Ruben Pinto

Diretor Executivo na MDS Franchising

Diretor Executivo da MDS Franchising & Negócios, consultor do Sebrae Nacional e instrutor homologado pela ABF. É especialista em Canais de Distribuição, Varejo e Franquias.

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