Por estes dias tive a oportunidade de conversar com um grupo de profissionais que atuam no franchising, sobre o tema Liderança nas Organizações de Franquia tratando das peculiaridades de organizações franqueadoras e franqueadas. Nos negócios baseados no sistema de franquias, a liderança é uma necessidade tão ou mais importante que em outras organizações. Tenho por hábito mencionar que quando um empreendedor resolve desenvolver-se pelo sistema de franquias no papel de franqueador, ele perde o contato direto com um elemento muito importante: o consumidor. No entanto, esta situação vai um pouco além, pois o franqueador tem como missão intrínseca, fazer permear em sua rede a cultura e identidade da franqueadora e esta missão não ocorre ou ocorrerá de forma truncada se não houver na figura do franqueador a liderança instituída.
Esta liderança que inicialmente concentra-se na pessoa do franqueador e posteriormente, com o passar do tempo, precisa concentrar-se na empresa franqueadora, é o que facilitará a transmissão de conceitos, políticas e relacionamento dentro da rede, afinal quando uma pessoa decide por uma determinada rede, em um primeiro momento, enxerga o negócio, as possibilidades de ganho, o valor da marca e outros aspectos, no entanto, um dos fatores que constroem a perpetuidade nesta rede é a visão da liderança exercida pelo franqueador.
Outro aspecto que envolve a liderança em uma rede de franquias é a capacidade de levar este conceito, de acordo com a cultura da franqueadora, ao funcionário da unidade franqueada. Em um negócio de rede com unidades próprias, os responsáveis por esta unidade são diretores, gerentes ou encarregados de unidades e a “sede” tem o vínculo direto com estes profissionais, com o encargo de contratação, treinamento, avaliação, promoção, desligamento, políticas de atração e retenção. Em uma rede de franquias, o franqueador não tem acesso direto ao funcionário da unidade franqueada da mesma forma que em uma rede de unidades próprias. Este contato poderá ser exercido através do consultor de campo em orientações presenciais durante suas visitas, manuais de operação, treinamentos através de sistema de ensino à distância e promoção de encontros regionais ou nacionais para treinamentos e convenções. Em todas estas oportunidades, existe a possibilidade de transmitir a liderança do franqueador e cultura da organização.
Além dos aspectos posicionados acima, naturalmente a constante busca por produtos e serviços competitivos que venham a viabilizar a competitividade de oferta da franquia no mercado, levarão o sistema de franquias em questão ao destaque no mercado, se não a sua liderança. Importante enxergarmos que em um sistema de franquias onde a liderança é exercida, os conceitos e políticas emanadas pelo franqueador são assimilados com muito mais facilidade pelo franqueado e sua equipe.
Analise, informe-se, faça bons negócios e, caso tenha algo a acrescentar, deixe o seu comentário!
Arlan Roque
Gerente de Expansão e Novos Negócios na franquia Cacau ShowEspecialista em franchising e Gerente de Expansão de franqueadora líder no segmento de chocolates finos, com mais de 2.000 unidades no Brasil. Além de diversos cursos na área, foi membro da primeira turma do MBA em Gestão de Franquias pela Fundação Instituto de Administração em parceria com a ABF. Colunista sobre assuntos ligados ao Franchising e instrutor da Academia do Franchising pela ABF/ESPA.
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