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O efeito pigmalião no tratamento aos franqueados: o que é e como evitar que aconteça

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Por  Arlan Roque  |  Gerente de Expansão e Novos Negócios na franquia Cacau Show Publicado em 16 de agosto de 2013 | Atualizado em 02 de setembro de 2019

tratamento aos franqueados

Você franqueador ou gestor de redes, já observou como é o tratamento aos franqueados em sua empresa? São tratados como parceiros de negócios e de maneira respeitosa ou como uma pedra no sapato da organização? Impossível esquecer  de certa vez em que atuei em um hotel, quando em conversa a recepcionista sobre o hotel e sua profissão, ela mencionou: “olha, gosto bastante de trabalhar aqui. Também gosto de ser recepcionista. O problema é que tem muitos hóspedes inconvenientes”, pois sim, por mais absurdo que possa parecer, esta era sua percepção, que a razão de existir do hotel e de seu emprego é o que incomodava!

Oportuno transcrever aqui trecho de Greg Nathan em sua obra, Parcerias Lucrativas, onde menciona estudo realizado sobre o tratamento aos franqueados e direcionamento dispensado a determinados grupos de pessoas e o retorno obtido:

“Em um estudo realizado por dois psicólogos educacionais, Rosenthal e Jacobsen, professores do ensino primário receberam informações falsas sobre os alunos em sua classe. Eles foram informados de que alguns alunos eram muito inteligentes e sensíveis, enquanto outros eram lentos e distraídos. Na realidade não houve diferença entre os dois grupos: os alunos foram designados aleatoriamente a um dos grupos. No entanto, no final do ano, os alunos “brilhantes” superaram os alunos “lentos” em uma série de medidas. Os professores também classificaram os alunos brilhantes como sendo mais agradáveis de trabalhar.

Embora os professores no estudo tenham alegado que eles trataram os dois grupos da mesma forma, subconscientemente levaram suas expectativas e preconceitos para a realidade. Os alunos brilhantes se tornaram alunos brilhantes e os lentos se tornaram lentos. Rosenthal e Jacobsen chamaram esse fenômeno de “Efeito Pigmalião”, após a famosa peça de George Bernard Shaw sobre um professor que transforma uma menina de rua grosseira e inculta em uma senhora altamente refinada. A transformação, em grande parte, se dá através do poder da crença do professor no potencial da garota (Pigmalião era na verdade um escultor e rei de Chipre, que se apaixonou por uma estátua de marfim que ganhou vida em resposta e suas preces).”

O efeito Pigmalião nos demonstra com clareza o retorno que obtemos de acordo com a forma que enxergamos nossos parceiros. Importante observar que não adianta ser uma frente de aparências, ou seja, o tratamento dispensado aos franqueados e a percepção destes como parceiros de negócios deve existir, mesmo nos bastidores. Não adianta recebe-lo com flores e tapete vermelho e ao despedir-se tomar postura contrária, pois certamente isto saltará aos olhos em questão de tempo.

Analise, informe-se, faça bons negócios e não esqueça de deixar o seu comentário sobre o que achou do artigo!

Arlan Roque

Gerente de Expansão e Novos Negócios na franquia Cacau Show

Especialista em franchising e Gerente de Expansão de franqueadora líder no segmento de chocolates finos, com mais de 2.000 unidades no Brasil. Além de diversos cursos na área, foi membro da primeira turma do MBA em Gestão de Franquias pela Fundação Instituto de Administração em parceria com a ABF. Colunista sobre assuntos ligados ao Franchising e instrutor da Academia do Franchising pela ABF/ESPA.

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