Microfranquias são a bola da vez do universo do franchising brasileiro. A necessidade de um investimento inicial mais baixo, aliado com requisitos mais flexíveis para montagem e operação do negócio, tem atraído muitos candidatos a empreendedores, sobretudo aqueles de primeira viagem. Há um outro elemento que também contribui bastante para esta tendência: a crise econômica, que está provocando aversão ao risco, tanto no Brasil, como no mundo.
Saiba, em primeiro lugar, que microfranquia não é meramente uma franquia barata. Ou ainda pequena. Há uma série de características que contribuem para o formato ser chamado assim. O objetivo deste artigo é justamente este: esclarecer quais são estas particularidades. Confira, portanto, quais são as diferenças entre franquias e microfranquias:
- Investimento inicial: a Associação Brasileira de Franchising (ABF), principal entidade de representação e promoção do segmento no Brasil, adotou como padrão o equivalente ao triplo do valor do PIB (Produto Interno Bruto) anual per capita para o negócio ser classificado como microfranquia. Isso dá um pouco mais de R$ 80 mil, pelos valores de março de 2015. No caso das franquias, não há limite: partem desse valor até milhões de reais;
- Equipe: é bastante improvável que você encontre uma franquia que dispense a necessidade de contratação de funcionários para gerenciar e operar o negócio. Por outro lado, há várias microfranquias que podem ser mantidas pelo próprio empresário. A Segurar Premium, por exemplo, possui uma modalidade de franquia baseada em Home Office, com valor de investimento inicial de aproximadamente R$ 10 mil;
- Ponto: você prestou atenção no termo “Home Office” do parágrafo acima? Pois é, muitas microfranquias dispensam a necessidade até do ponto comercial. Há empresas de prestação de serviços automotivos (lavagem, manutenção e etc.), manutenções diversas (residencial, de computadores e etc.), estética e ensino, entre outras categorias, que têm como característica o atendimento no local de trabalho ou moradia do cliente. As franquias virtuais, também em alta, dispensam até mesmo o deslocamento. O serviço é prestado por meio da Internet;
- Custos e riscos menores: não é somente a necessidade de investimento inicial que é menor. Os custos relacionados com a manutenção da franquia, como, por exemplo, as taxas de royalties e publicidade, que também são mais baixas. E como tudo que envolve dinheiro é menor, caso a empresa não dê certo, o prejuízo não sai tão caro para o empreendedor.
- Captação de clientes: se você conseguir instalar uma unidade de uma franquia (tradicional) em um local da sua cidade com grande circulação de pessoas, já terá aí uma grande vantagem na busca pelos clientes, certo? Agora, compare com uma microfranquia instalada na sua residência. Algumas das características descritas acima, como, por exemplo, a dispensa do ponto comercial e a taxa de publicidade reduzida, podem demandar do “microfranqueado” um esforço muito maior na captação de clientes. Em alguns casos, é quase como atuar no momento de venda direta.
Trata-se, enfim, de um modelo de negócio bastante atraente. No entanto, as diferenças entre franquias e microfranquias não param por aí. Por exemplo, se todos os valores que envolvem aquisição e manutenção são menores, desnecessário escrever que a rentabilidade e a lucratividade também são. E lembre-se que trabalhar em sua própria residência e sem equipe traz seus riscos. No caso de você ficar doente por um período prolongado, quem vai colocar o pão na mesa? Então, avalie bem se determinada microfranquia é mesmo a melhor solução para o seu perfil.
Equipe MDS Franchising
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